São 30 anos
A Officio nasceu em 1991 como AGS Composer. A ideia inicial era diagramar jornais, revistas e livros. E fazíamos um monte deles. Havia um mercado grande para esses serviços naqueles tempos pré-internet. Era também o momento, aqui em Florianópolis, da transição dos antigos métodos mais artesanais de preparação de leiautes e artes-finais – quando ainda reinavam as fotocompositoras do jornal O Estado e do Studio 4 – para as impressoras laser. Tínhamos uma. Talvez a primeira na cidade, novidade tamanha que até atraía curiosos em romaria. De vez em quando um batia na porta e pedia, “posso ver a impressora?”.
Mesmo com a impressora, ainda se usou muita cola e tesoura até que os software que estavam surgindo fossem dominados por aqueles profissionais tão acostumados à Letraset e ao estilete. No começo, as lasers apenas substituíam as fotocompositoras. Tinham menor qualidade mas eram muito mais fáceis de usar. As fotocompositoras exigiam feras na sua operação e o Studio 4 tinha o seu time de grandes profissionais.
Durante esses 30 anos, muita gente passou pela Officio, muitos ensinaram, mas muitos mais aprenderam. Vinha gente pedir estágio por salário curto, ou até sem salário. Queriam aprender a usar o computador conosco, que estávamos também aprendendo.
É verdade, passou – e ainda passa – muita gente pela AGS/Officio, funcionários e clientes. Muitos jornalistas, muitos mesmo, escritores e redatores diversos, publicitários quase todos, muitos artistas gráficos, diagramadores espetaculares, arte-finalistas mágicos que davam jeito em qualquer pedaço de papel, revisores pacientes, fotógrafos tantos, gráficos, gente de todos os lugares, de outros estados, de outros países e, sem dúvida, os melhores manés..... era uma festa. Eu, que escrevo estas linhas, conheci tanta gente criativa, de conversa ótima e de humor aguçadíssimo, que talvez tenha sido por eles, mais do que por qualquer outra coisa, que me mantive na profissão. São muitas histórias.
São tantos nomes! Façamos uma lista deles. Não aqui, mas nas redes sociais, talvez. Uma linha do tempo de nomes.
E os clientes sempre adoraram
Nossos clientes, que também eram (eram? Não. São) quase sempre pessoas de criatividade, adoravam participar de tudo aquilo (lembrem-se que eram tempos pré-internet, pré-PDFs, pré-emails. Eram tempos de visitas físicas: o cliente precisava ir até a Officio). E virávamos noites juntos.
Esse tipo de ambiente faz – sempre fez e sempre fará – com que surjam certos laços de amizade e, como consequência, passe a existir uma fidelidade inesperada. Daí que temos clientes que já estão conosco há mais de 20 anos. Os de 10 anos são novinhos ainda.
As coisas mudaram
Hoje, existem centenas de empresas vendendo a mesma coisa que fazemos na Officio. Profissionais formados, gente interessada e promissora, pessoas que acreditam no que fazem e dão o melhor de si no trabalho.
E o que nós da Officio temos que eles não têm? Simples: nós temos justamente essa bagagem, a experiência e todas essas histórias. Pensamentos não nascem do nada, ideias não surgem só da criatividade, elas dependem muito mais do campo fértil da experiência, da bagagem e das histórias. Hoje, usar as máquinas é o mais fácil. |
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